RIO — Lagoas poluídas que poderão ser completamente revitalizadas em seis meses. Esse é um dos objetivos do Programa Lagoa Viva, que será lançado nesta quinta-feira em Maricá. Com tecnologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e feito em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), o programa trata o esgoto e utiliza o próprio meio ambiente para revitalizar lagoas.

— O meio ambiente, por si só, quando é natural, tem a capacidade de se regenerar. Então, se pararmos de jogar agentes tóxicos no ambiente, ele naturalmente consegue se regenerar, se tiver microorganismos equilibrados — explica Estefan Monteiro, professor de Geologia, Geofísica e coordenador pela UFF do Lagoa Viva.

A técnica, descoberta na década de 60 e utilizada em países como o Japão, foi adaptada por pesquisadores e alunos da pós-graduação da UFF. Fonseca detalha como a técnica vai ser empregada nas lagoas de Maricá:

— Em Maricá, muitas pessoas fazem ligação direta do esgoto nos rios, e os rios levam isso para a lagoa. O programa transforma os rios em estações de tratamento. Usamos pequenas matrizes, que são as “mud balls” (bolas de lama) ou “mud bricks” (tijolos de lama), compostas por lama, melaço e microorganismos. 

Os tijolos ou bolas são colocados nos leitos dos rios. Ao entrar em contato com eles, a água de esgoto ou o dejeto vai carregar os microorganismos para a lagoa, que vai se autodepurar. Os microorganismos que compõem os bioinsumos se alimentam de dejetos presentes nas lagoas, transformando-os em novos resíduos, que servirão de alimento para peixes, camarões e pássaros, reativando a cadeia local.

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Programa trata esgoto e utiliza o próprio meio ambiente para revitalizar lagoas em Maricá – Jornal O Globo