O processo econômico consiste ter uma transformação continua e irreversível de baixa entropia. O setor manufatureiro é completamente dependente de dois outros processos: agricultura e mineração, já que sem os fluxos de entrada recebidos a partir da agricultura e mineração não poderíamos obter produtos industrializados, sem parar para considerar se possuem as fontes naturais necessárias dentro do seu próprio território.

A escassez de baixa entropia que o homem pode usar não é suficiente para explicar a direção geral do desenvolvimento econômico. Existe um conflito que permanentemente, embora impreterivelmente permeia o desenvolvimento e tem sua origem na assimetria de duas fontes de baixa entropia: a radiação solar e os depósitos terrestres. Até agora, o preço do progresso tecnológico significou a mudança da abundante fonte de baixa entropia que é a radiação solar, para uma menos abundante, que são as fontes minerais terrestres. Sem progresso tecnológico, algumas dessas fontes não teriam qualquer valor econômico.

A economia hoje se detém nas relações fechadas, sem levar em consideração que essas relações têm um fluxo de energia. Assim a economia não consegue internalizar as externalidades ambientais e sociais. A necessidade também provocará a revisão de nossa impaciência com o uso de fontes minerais para a produção de energia livre de substitutos sintéticos. A necessidade deriva do aumento da produção de rejeitos (poluição). Quanto mais rápido o crescimento econômico mais rejeitos se acumulam. A reciclagem é importante, mas só faz sentido se for consumida menos energia de alta qualidade que a produção ordinária. Quanto maior a produtividade no uso dos fluxos renováveis, maior será a sustentabilidade do desenvolvimento. Além disso, há de se destacar a insuficiência dos recursos naturais aliado ao aumento dos custos de exploração pode tornar sua exploração economicamente inviável, uma vez que a energia necessária para explorá-los se torne menor que a energia que serão capazes de produzir.

Teoria Neoclássica e sua Visão de Poluição:

Segundo a Teoria Neoclássica a externalidade é o impacto das ações de alguém sobre o bem-estar dos que estão em torno e não participam da ação. Se o impacto for adverso, é chamada externalidade negativa, se for benéfico, é chamada de externalidade positiva. Ou seja, na presença de externalidade, não se trata somente do bem-estar de compradores e vendedores do mercado, mas inclui o bem-estar de demais pessoas afetadas. Quando compradores e vendedores negligenciam os efeitos externos de suas ações ao decidir quanto demandar ou ofertar, o equilíbrio de mercado torna-se ineficiente. Isto é, o equilíbrio não consegue maximizar o benefício total para a sociedade como um todo.

A problemática ambientai resulta de uma questão econômica de falha de mercado, que provém da presença de externalidades causadas no processo produtivo. As Externalidades são custos e benefícios de uma transação que não se refletem plenamente no preço de mercado. Podem ser positivas ou negativas e terão forma sub-ótima no mercado define-se assim:

Externalidades positivas podem ocorrer no caso de atividades inovadoras, ou pesquisa e desenvolvimento, e definem-se como fenômenos que ocorrem quando um indivíduo ou uma firma desempenham uma ação, cujos benefícios não desfrutam integralmente. Ao decidir quanto comprar de um bem, a firma ou o indivíduo pensa apenas no benefício que recebe e não nos que são repassados a outros.

Externalidades negativas são custos extras em que os agentes não incorrem diretamente. Correspondem a uma perda de bem-estar não compensada. A poluição é um exemplo.