Expansão depende de melhora na saúde financeira do setor e do sucesso do RenovaBio; também foram apresentadas projeções para etanol celulósico e de milho
Com o RenovaBio em vigor a partir do próximo ano, a estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), é que o setor sucroenergético seja estimulado a investir para atender à demanda crescente, chegando à produção de 49 bilhões de litros de etanol em 2030. Isso envolveria não apenas a ampliação das usinas já existentes como também a construção de novas unidades – uma perspectiva que ainda parece distante da realidade.
Segundo um levantamento da RPA Consultoria, 93 sucroenergéticas estavam paralisadas na safra 2018/19, número que recebeu o reforço de duas unidades para 2019/20. Ainda assim, segundo as estimativas da EPE, nove usinas devem ser reativadas entre 2019 e 2021, e 19 devem entrar em operação até 2030. A primeira delas, inclusive, deve abrir as portas já no ano que vem.
Um informe da EPE divulgado em dezembro confirmou a projeção de 49 bilhões de litros para 2030, sendo 19 novas usinas – com capacidade média de moagem de 3,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra – e ampliações que adicionarão 55 milhões de toneladas à capacidade de moagem nacional. Além disso, foram apresentadas estimativas de custo para esses investimentos.
Segundo o documento, serão necessários, em média, R$ 359,6/t para aplicações em novas usinas de etanol de primeira geração e R$ 256/t para as ampliações. No total, isso significaria investimentos na ordem de R$ 24,1 bilhões com novas usinas e de R$ 14,1 bilhões com ampliações. Aplicações em usinas de etanol de segunda geração e etanol de milho, por sua vez, somariam mais R$ 18 bilhões.
Os investimentos em torno de R$ 359,6/t – ou até mesmo R$ 256/t –, entretanto, parecem elevados quando se considera as mais recentes movimentações de compra e venda de usinas sucroenergéticas.
Leia mais na reportagem:
– Detalhamento das projeções de investimento da EPE
– Valor de mercado das usinas sucroenergéticas: comparativo com negócios fechados em 2017 e 2018
– Etanol celulósico: 23 novas usinas são possíveis?
– Perspectiva da EPE para etanol de milho é “tímida” em comparação com números do mercado.
Fonte e notícia completa em:

Professor Associado D-3 da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq Núcleo de Estudos Economia Regional, Território, Agricultura e Meio Ambiente do Paraíba do Sul – NEERTAM / UFRRJ. Professor desde de 2022 Programa de Pós-graduação stricto sensu, Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária (PPGCTIA) no Brasil (UFRRJ) . Está lotado no Departamento de de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade – Instituto de Ciências Humanas e Sociais (DDAS – ICHS / UFRRJ). Atuou como Chefe de Departamento do Departamento de Ciências Econômicas Exatas do ITR no período de setembro de 2011 a maio de 2014. Em 2015 participou de Curso de Formação e Treinamento sobre System of Envaironmental-Economic Accounting (SEEA) promovido pelas Nações Unidas , CEPAL GIZ . O curso capacitou o professor na metodologia de Sistema de Contas Ambientais. Leciona as disciplinas de Economia do Meio Ambiente e Economia do Setor Público. Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000), mestrado em Programa de Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002) e doutorado em Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2010). Durante dez anos realizou pesquisas na Coordenação dos Programas de Pós Graduação em Engenharia (COPPE-UFRJ). Atualmente realiza pesquisa na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Economia do Meio Ambiente, com ênfase em Economia dos Recursos Naturais, Economia Regional e Urbana e Avalição e Valoração Econômica de Projetos, atuando principalmente nos seguintes temas: Políticas Públicas, Saneamento, Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e Conservação de Energia.” Web of Science ResearcherID K-4698-2014
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